sexta-feira, 30 de setembro de 2022

O tempo

Talvez o destino tenha feito
Do caminho, a trilha mais serena
E a distância tenha sido a sentença
Que transforma em cadeia nosso peito

Sentença, passada em julgado 
Que a vida fez questão de condenar 
Não trazendo a saga de culpado
Mas, a dor de sofrer e de amar 

E o réu que cumpriu a penitência
Não entende a razão do seu delito
Se amar tem sido o seu perigo
Não existir no viver a consciência

Mas, hoje, livre do castigo
O amor te bateu de novo a porta
E o homem sem coragem de reposta
Se entrega sem medo do delito
.
 


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