Do doce mel que exala da flor
Da livre vontade do beijo molhado
Da sombra segura que traz os seus braços
Depois da fervura do ato de amor
Da quase vontade de nunca sair
Daquele instante de felicidade
Que cria tão rápido o tom de saudade
No beijo na testa, sinal de partir
E na sonolência daquela partida
Que estranhamente, não causa tristeza
E sai um sorriso com tanta pureza
Que mal se encontra a longa saída
Saída que não precede o retorno
Que não se define a data e a hora
Porque o momento não guarda memória
Nem pode de certo ser visto e exposto
E segue o rumo, da vida vazia
Daquela prisão que faz a rotina
Esperando a chance de abrir a cortina
Que cobre a vida em tal vigilância
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